O
contexto Nacional demonstra uma conjuntura em plena crise. Crise essa que o
Brasil de “Pátria Educadora” está longe de fazer jus a tal lema. A verdade que
no mundo do trabalho não vai nada bem, constantemente vemos professores serem
brutalmente chicoteados como escravos. Sem falar do descaso da educação, da
alta inflação, carestia, corrupções dos entes públicos de alto escalão,
sobretudo. Ainda exclusão social, alto índice de desemprego nos últimos
governos. Tudo isso intensificou com a chegada da pseudo-esquerda (PT) no poder
que fazem um governo assemelhado piorado. Ou seja: são governantes que seguem
um modelo econômico Neoliberal, de Estado Mínimo, em benefício do grande
capital e das elites, tendo por regra principal descomprometer o Estado como o
setor público.
Depois
da atual crise, não é difícil chegarmos a conclusão de que todos os sindicados
estão também cooptados. No entanto, podem ter nesses tempos difíceis uma
importância redobrada. Isso porque a exploração a exploração aos trabalhadores
nos mais diversos setores chegou aos limites suportáveis. A luta pela dignidade
profissional torna-se necessário quando os salários não correspondem ao ofício
que desempenham. Manifestar-se, fazer greve é o direito de toda categoria que
se acha lesada pelo patrão, não importando se vão ferir direitos de outras
categorias, no caso os estudantes, que já chegaram em greves a perder quase um
semestre.
Vale
ressaltar que são greves dissociadas e descompromissadas com um movimento maior
de luta pelos trabalhadores em gerais. São as chamadas “ Greves de Avestruz”,
onde se coloca a cabeça num buraco e esquece o mundo a sua volta.
Mas,
isso parece normal, onde os próprios sindicatos encontram-se em crise
conceptual. No dizer de Celso Furtado, perderam seu objetivo maior, a luta contra o capitalismo. Nessas
duas décadas de perdas de identidades coletivas, de Ascenção social sem Ascenção:
o individualismo é maior: “farinha pouca meu pirão primeiro”. Sem sua utopia
devido o esfacelamento do socialismo real, os sindicatos passaram a
burocratizarem, passaram por um processo de desideologização, deixando de lado seus
referencias ideológicos de esquerda marxista, num mundo de incertezas ao
extremo, optando pelo sindicalismo por “ele mesmo”. No entanto, nem no
cristianismo existe a total desvinculação da defesa dos trabalhadores diversos,
seja no catolicismo ou protestantismo.
Na
prática passaram a ser sindicatos reformistas. Se para Marx os sindicatos tinham
como função básica tornarem-se escola do socialismo implantando uma paxes Anticapitalista nos mais diversos
setores, os poucos sindicatos com expressão têm declarado-se coorporativos.
O
eco de mais uma greve nas universidades já soa nos ouvidos da sociedade civil.
Sociedade essa que na maioria das vezes nem entende o porquê de tantas greves,
confrontos com a polícia, muitas vezes, muitas greves ditas ilegais pela
justiça, enfim nesses últimos anos muitos mecanismos de controle sobre os
trabalhadores que lutam separados e sem muito sucesso.
Quanto às
Universidades a preferência por estarem feudados nos muros de nossas
instituições faz, dos professores, negadores de sua própria função história de
comunicação e extensão com a sociedades. No mais que ficam mesmo é se “auto-flagelando
nos portões”, fechando a passagem, perdendo a liberdade e formando os muros do conservadorismo.
Pelo
contrário, deveriam formar opinião com atitudes, sendo carro chefes da
intelectualidade; manter uma opinião contra o sistema atual; elaborar
racionalidades alternativas à do grande capital e nãqo mergulhar nas águas
pútreas e sufocante deste.
Deixamos
claro que não somos solidário a greve, cujo o objetivo maior não seja a
derrocada do sistema capitalista. O sindicalismo de resultado deve ser
denunciado, pois limita-se a organizarem greves rituais por melhoria, não
envolve todas instituições da sociedade, e dá conta a esta das ações grevistas.
É somente salário por salário dentro do modelo econômico. Não podemos
reivindicar uma universidade NOVA num país VELHO. A crise das universidades é
consequência da crise do sistema. Melhorias imediatas não resolverão, pelo
contrário, consolidam a ordem opressora. Pois esta transparece que é possível
conviver com o estado burguês selvagem, bastando domesticá-lo oi humaniza-lo em
prol dos trabalhadores federais. O que
propomos pode ser radicalização, mas radicalização é o cipó de aroeira que eles
deram nos lombo dos últimos professores do Paraná.
O
alvo a ser criticado não são só as privatizações, o descaso pela educação, o
arrocho salarial de todos trabalhadores, a falta de condições e de trabalho
decente, a terceirização, as perdas de direitos líquidos e certos dos trabalhadores.
Esses males têm suas causas no capitalismo que devem receber todo nosso
repúdio.
Por
maiores que sejam as conquistas pelo sindicalismo de resultado e por mais
radicais que se tornem esse movimento, se não questionar a ordem, todos
apolíticos, conservadores e reacionários, pelegos, “vendidos”. O RITUAL DAS
CREVES SERÁ NOVAMENTE FEITO AO deus CAPETALISMO, afim de obter novas melhorias
que como um ciclo vicioso, acabarão com o tempo. Basta manobras econômicas
inflacionárias para os reajustes e aumentos salariais findarem em nada.
O Reitor e os Pró-reitores, o
comando grevista, os professores da Universidade Federal do Acre, devem posicionarem-se a respeito desse sindicalismo
e agir de forma clara conforme a posição escolhida. Já que esse ritual grevista
além de prejudicar o andamento de todos cursos acabará mandando para o túmulo para
alguns cursos e muito prejuízo ao futuro acadêmico de outros tantos alunos.
Nós
acadêmicos da UFAC de modo geral, sofremos o atraso de nossa formação, sofremos
a perda de nosso direito a férias e viagens, sofremos com ensino de pouca
qualidade com professores deinterressados, faltas destes, teremos ainda as
péssimas aulinhas enrolativas praticadas pela maioria ao enxugarem o conteúdo
em trabanlhinhos superabusados. Além de tornarmos testemunha de que nada mudou
depois desse movimento...a não ser a nova data para o início do ritual. Todo
esse sacrifício seria válido caso o ciclo de interesses mesquinhos e fechados
de greves chegassem ao fim.
Reitor,
servidores, e professores federais, acadêmicos e sociedade em geral, devemos
partir para sempre para o tudo ou nada sempre! Nossa instituição deve torna-se
com essa greve o centro de resistência contra o estatus quo. Deve inserir-nos nos movimentos populares e direcionar
a luta em prol de um novo modelo de sociedade ANTICAPITALISTA a fim de acabar com esse RITUAL DE GREVES
CÍCLICAS. Queremos ser a UFAC na “praça”, lutando por conquistas imediatas
apenas como um aspecto da luta geral: A destruição do estado burguês e
emancipação política e social dos trabalhadores.
Diga não ao CAPETALISMO. Não ao
corporativismo reformista.
(Acadêmico de História - UFAC)
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