segunda-feira, 18 de maio de 2015

A CHEGADA DOS PAULISTAS NO ESTADO DO ACRE



O pioneirismo agropecuário no Acre a partir da década de 70 em
diante que coincidiu com desmantelamento da economia gumífera, trazendo como
resultado a expulsão e conflito com seringueiros e posseiros, e conseqüentemente
analisar novo fazer do seringueiro em sua luta por moradia, emprego e manutenção
da vida nas cidades dos principais municípios do Acre.

A chegada dos paulistas ou também chamados sulistas inovou com
a vinda altamente concentradora de renda. Por outro lado, houve uma “voz”
imperativa de expulsão daqueles que estavam na terra, gerando sérios conflitos e
mortes. Grande parte dessas terras compradas por meio de mapas, ou por sobrevôo
determinou a nova economia e os novos mandantes. Saem os ricos seringalistas
e as casas aviadoras e entram os poderosos agropecuaristas, como projeto
desenvolvimentista do Governo Militar.

Porém, houve baluartes e figuras do povo, como Chico Mendes, que viam além
a ofensa a natureza e aos povos nascidos na terra. Figuras como a do líder
sindicalista que morreu pela causa e outros. Eram os movimentos sociais de 70 e
80, impulsionados pelas Comunidades Eclesiásticas de Base e pela resistência e luta
própria de quem vivia na floresta em contato com a natureza.

Com efeito, desse desenvolvimento excludente gerou-se um bolsão de miséria nas
cidades, acrescentou-se a marginalidade, a prostituição, o desemprego e outras
mazelas.

Até hoje se questiona este projeto do pioneirismo agropecuário, pois não foi positivo,
ainda que se pese o fato dos seringueiros não terem outra forma subsistência, mas
tinham muito bem a visão do que estava acontecendo.

Muitas dessas causas é apoiada de forma distorcida pelo governo atual que continua
acreditando o melhor desenvolvimento por meio de economia centralizadora de
renda, como de dar o chamado incentivo ao “boi-verde”, como meio de buscar o que
não tem jeito, ou seja, a harmonia entre os deserdados de suas terras, os autênticos
e não indenizados povos da floresta com o povo emergente de uma economia fraca

comercial urbana, com os usurpadores, hoje “os povos da Floresta bovina”

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